quarta-feira, 18 de setembro de 2013

144 famílias esperam construção de casas A- A A+ Imprimir Enviar por e-mail 0 comentário(s) THATIANY NASCIMENTO thatynascimento@oestadoce.com.br Já são cinco anos morando às margens da Lagoa do Urubu, no bairro Padre Andrade, e a dona de casa Francisca Aldenira espera ansiosa o dia em que será remanejada do local, junto com o marido e os dois filhos. Ontem, a movimentação no canteiro de obras, instalado nas proximidades da Lagoa, desde 2010, pela Prefeitura, voltou a animá-la. As obras que garantirão o reassentamento de mais 144 famílias que, atualmente, ocupam a área de risco, foram retomadas. No total, a intervenção garantirá 188 moradias. Destas, 44 já foram entregues e, hoje, são habitadas e outras 44 devem ser finalizadas este ano. Já as outras 100 serão concluídas somente em 2014. Na residência, que abriga quatro pessoas, dois compartimentos são de tijolos e um de taipa. O improviso deu-se por conta da mudança repentina do “barraco original” para o barraco vizinho, quando uma chuva, no ano passado, inundou a primeira moradia. “Teve gente que morava aqui pertinho e foi selecionado na frente. Foi contemplado e ganhou a casa do outro lado. Nós estamos aguardando e torcendo muito para que chegue logo a nossa vez. Saímos do outro baraco porque a chuva levou tudo. Esse, que foi abandonado por uma família que já mora na casa nova. O jeito que teve foi aumentar usando essas tábuas mesmo ”, contou a dona de casa. No local, entre os escombros de madeira e de tijolos, das antigas residências, localizadas na área de risco, sobrevivem outras centenas de pessoas nas mesmas condições da dona de casa. Conforme a presidenta da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Eliana Gomes, das 44 famílias que devem ser alocadas nos imóveis, cuja construção foi retomada, ontem, 32 estão no aluguel social. Outras 12, selecionadas nesta segunda etapa, permanecem no local, junto àquelas que ainda esperam a terceira etapa do projeto, quando um terreno localizado na rua Alvaro Garrido, no bairro Jardim Iracema, deverá abrigar mais 100 imóveis. CONTINUIDADE E CUSTOS Segundo a Habitafor, o empreendimento, que além da construção das 188 moradias agrega ainda a reurbanização completa da Lagoa, faz parte do conjunto de intervenções urbanas incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) do Governo Federal. A obra, orçada em R$13.511.864,96, segundo a Habitafor, estava parada, desde 2012, devido atraso no pagamento da empresa que executa a intervenção. “Quando conversamos, no início de janeiro, a construtora alegou a necessidade de revisão de valores, já que houve essa paralisação, mas ainda vamos calcular direitinho. Agora, tem uma equipe técnica nossa acompanhado a retomada da ação. Os técnicos vão analisar esta necessidade”, garantiu Eliana. De acordo com a representante da Habitafor, está agendada para quinta-feira (24) uma reunião com a Caixa Econômica Federal, já que o órgão financia essas e outras intervenções relacionadas à Habitafor no Município. A ideia é justamente, ter ciência de todas as pendências que impedem o repasse de recursos e a continuidade de outras obras na Cidade. VISITAS E RETOMADAS A reurbanização da Lagoa do Urubu é a quarta, de um grupo de 10 obras, que foram retomadas este ano, segundo Eliana. Desde o início do ano, visitas foram feitas nestes locais para observar as condições de execução de cada projeto. Conforme Eliana, além da intervenção na Lagoa do Urubu, a construção de uma creche na Comunidade Maravilha, a reurbanização do Açude João Lopes, e finalização de moradias na Comunidade Rosalina também já foram reiniciadas.


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